Durante esse mês, foi realizada a conferência das nações unidas sobre as mudanças climáticas ocorridas em todo planeta terra. Líderes de todos os países compareceram para discutir o assunto. Várias promessas foram feitas e também metas foram traçadas a fim de evitar que o nosso querido planeta não seja destruído pelas catástrofes naturais que estão ocorrendo atualmente, que foram provocadas por nós mesmos no decorrer dos anos. Neve no Brasil, enchentes e calor insuportável em todos os países da Europa, vulcões na Espanha e Itália, inundações no Canadá, Tsunamis nos países orientais, terremotos na América Central, entre outros. Para quem assistiu e acompanhou todos os detalhes do reality show da conferência do clima, notou o discurso evasivo da maioria dos líderes mundiais, prometendo que o problema do aquecimento global será solucionado com uma data pré-definida, como se esse tipo de promessa merecesse algum tipo de prêmio. A discussão foi levada tão a sério, que nessa edição da COP27, os dois países que mais poluem a terra, China e Rússia, não tiveram representantes. Olhando por cima eu me pergunto; será que é possível elevar a economia de uma nação acabando com a própria nação? Essa relação quimérica em achar que se pode construir algo destruindo, é a mesma relação que existe em fazer guerra em nome da paz, ter uma união estável pensando em separação, ou andar de carro novo sem os pneus e os bancos, tudo história para boi dormir. Talvez somos a única forma de vida em todo o universo, que precisa de incentivo para não acabar com a própria vida. Se os alienígenas observassem a nossa rotina aqui na terra, eles diriam que o dinheiro é o nosso Deus, pois todas as nossas ações e motivações giram em torno do lucro, até mesmo a nossa própria sobrevivência. Estamos vivendo um cataclismo mundial, a ambição ultrapassa os limites da nossa razão. Não existem mais formas de nos enganar, o planeta está sendo destruído, e se alguma atitude séria não for tomada a tempo, consequentemente em um futuro próximo deixaremos de existir. É tolice achar que temos riqueza, assim como é tolice achar que podemos enxugar gelo. A medida do valor de algo se avalia pela necessidade e não pelo objeto em si, afinal quem é mais rico no deserto, uma pessoa que carrega consigo uma mala com muito dinheiro, ou outra pessoa que possui um copo com água? É triste dizer isso, mas nosso precioso legado atual nada mais é do que a famosa riqueza de tolo.

Os dois lados da mesma moeda por Flávio Lopes Barbosa

By Flávio Lopes Barbosa

Flávio Lopes Barbosa é escritor, psicólogo, professor e diretor do portal o menestrel. Nasceu em São Paulo – Capital onde reside atualmente. Formado em psicologia clínica pela Universidade São Marcos, tem formação em letras pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em tradutor e interprete da língua inglesa pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em psicologia do trânsito pelo Centro Universitário Celso Lisboa, curso de psicanálise infantil pela Universidade Federal de São Paulo e especialização em dependência química. Lecionou durante anos como professor universitário na Universidade Nove de Julho. Iniciou sua carreira como escritor se dedicando a uma escrita técnica e científica. Atualmente trabalha como psicólogo do trânsito junto ao Detran SP e escreve contos de terror psicológico. Possui nove livros publicados, gosta de abordar temas polêmicos e críticos em seus artigos, normalmente voltados para área pessoal e social.

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