Desde o começo da pandemia, empresas do mundo todo pararam sua produção convencional para construir respiradores. Aqui no Brasil, técnicos em eletrônica e engenheiros, se uniram para consertar respiradores que estavam quebrados há anos. Fábricas de diversos setores da limpeza e cosméticos, fabricaram álcool em gel e sabão em barra, e depois doaram para as comunidades mais carentes. Milionários de todo o planeta compraram milhares de testes para Covid-19, além de máscaras de proteção e doaram para os países mais pobres. Milhões de voluntários, espalhados por todo o mundo, continuam ajudando como podem os estados e municípios, através de mão de obra especializada junto ao combate da pandemia. Tivemos que voltar às nossas raízes e reaprender hábitos simples, como lavar as mãos por exemplo. Considerando o fato do isolamento e o distanciamento social, nunca estivemos tão juntos antes. Apesar das milhares mortes ocorridas por todo o mundo, principalmente aqui no Brasil, aos poucos a pandemia vem nos tornando mais humanos. Estamos nos aproximando mais das nossas famílias, dando mais atenção aos nossos filhos, cônjuges e também as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado. Parece que esse vírus surgiu para nos ensinar algo, de que devemos nos unir, sermos mais caridosos e bondosos, ouvirmos mais as pessoas, valorizarmos os menos favorecidos, além de prestarmos atenção nas coisas mais simples da vida. Considerarmos o que temos de mais básico, aprendermos a repartir com os outros e voltarmos a nossa atenção àqueles que são mais vulneráveis. O vírus mata, ele é muito perigoso, dessa forma devemos tomar todos os cuidados necessários para que não botemos em risco a nossa saúde e a saúde dos outros, contudo uma coisa é fato, a hipocrisia mata muito mais, a indiferença social nos torna menos humanos, o egoísmo faz com que nos distanciemos da qualidade humana. A crise já está passando, hoje temos vacinas no mundo todo e a doença de certa forma está sendo controlada. Em breve retornaremos às nossas rotinas de sempre e a humanidade voltará novamente a se abraçar sem risco. A única coisa que ficará marcada para sempre é o amadurecimento, a lembrança de que somos seres humanos e que não conseguimos viver sozinhos, quem sabe dessa forma não nos tornemos pessoas melhores. Que em 2022, nós aqui no Brasil possamos nos unir em uma só voz e deixarmos de lado as nossas diferenças, para a construção de um país mais justo.

Os dois lados da mesma moeda por Flávio Lopes Barbosa

By Flávio Lopes Barbosa

Flávio Lopes Barbosa é escritor, psicólogo, professor e diretor do portal o menestrel. Nasceu em São Paulo – Capital onde reside atualmente. Formado em psicologia clínica pela Universidade São Marcos, tem formação em letras pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em tradutor e interprete da língua inglesa pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em psicologia do trânsito pelo Centro Universitário Celso Lisboa, curso de psicanálise infantil pela Universidade Federal de São Paulo e especialização em dependência química. Lecionou durante anos como professor universitário na Universidade Nove de Julho. Iniciou sua carreira como escritor se dedicando a uma escrita técnica e científica. Atualmente trabalha como psicólogo do trânsito junto ao Detran SP e escreve contos de terror psicológico. Possui nove livros publicados, gosta de abordar temas polêmicos e críticos em seus artigos, normalmente voltados para área pessoal e social.

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