Desde a sua origem, o significado da vida vem sendo alvo de muitas especulações. Menestréis, poetas, filósofos, cantores, estudiosos das mais diversas ciências, todos sempre procuraram, procuram e vão continuar procurando dar um significado convincente a essa condição que nos evidencia como seres humanos no planeta terra. Mas, afinal, como realmente a vida pode ser descrita? De que forma esse fenômeno da natureza deve ser considerado? Existem várias respostas para estes questionamentos. Considerando aqueles que são mais materialistas, e acreditam que as coisas se originam de fora para dentro, a vida será encarada como uma oportunidade que possui um tempo curto de validade. Para aqueles que são mais espiritualistas, e creem com veemência que as coisas têm sua origem na alma, a vida será considerada como uma oportunidade de crescimento pessoal, uma chance que temos em lapidar nossos hábitos e atitudes, tudo em busca de um crescimento pessoal através da autoanálise e da autocrítica. Para os mais céticos, a vida simplesmente é considerada como uma passagem obrigatória, um evento que temos que cumprir, mas, cujo objetivo é incerto, jogado ao acaso. Existe ainda a categoria dos nostálgicos, pessoas que encaram a vida com saudosismo; cantam, declamam e contemplam a vida, presos ao passado, ligados ao tempo que só existe em suas mentes. Diante de tantas definições, fica evidente que a vida é um conceito pessoal e intransferível, cuja configuração vai depender do ponto de vista de quem vive. Discutir com alguém sobre como a vida deveria ser vivida, é o mesmo que discutir sobre futebol ou política. A melhor receita para a vida é aquela que parte da nossa própria existência, do nosso próprio jeito de pensar, agir e sentir o mundo a nossa volta. A maioria imagina que a vida é um objeto pronto, um desencadeio de fatos que irá consolidar a duração do tempo da pessoa aqui na terra. Acredito que a vida seja muito mais que isso, ela é um objeto inacabado, um projeto em construção, sendo necessário dois olhares; um de fora para dentro e outro de dentro para fora, às vezes com um leve toque de nostalgia, tudo com um objetivo único, dar sentido a nossa própria existência.

Os dois lados da mesma moeda por Flávio Lopes Barbosa

By Flávio Lopes Barbosa

Flávio Lopes Barbosa é escritor, psicólogo, professor e diretor do portal o menestrel. Nasceu em São Paulo – Capital onde reside atualmente. Formado em psicologia clínica pela Universidade São Marcos, tem formação em letras pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em tradutor e interprete da língua inglesa pela Universidade Nove de Julho, lato sensu em psicologia do trânsito pelo Centro Universitário Celso Lisboa, curso de psicanálise infantil pela Universidade Federal de São Paulo e especialização em dependência química. Lecionou durante anos como professor universitário na Universidade Nove de Julho. Iniciou sua carreira como escritor se dedicando a uma escrita técnica e científica. Atualmente trabalha como psicólogo do trânsito junto ao Detran SP e escreve contos de terror psicológico. Possui nove livros publicados, gosta de abordar temas polêmicos e críticos em seus artigos, normalmente voltados para área pessoal e social.

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